PF marca depoimento de Silvio Almeida para semana que vem e defesa pede para adiar
R7 apurou que os advogados não tiveram acesso à íntegra das oitivas realizadas, apenas transcrições

A Polícia Federal marcou para a próxima terça-feira (25) o depoimento do ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida. A defesa, porém, pediu para adiar, porque não foi dado acesso à íntegra das oitivas realizadas, apenas transcrições. A informação foi confirmada pelo R7.
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Ele é investigado por suspeita de assédio e importunação sexual. No início da semana, o ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendeu pedido da Polícia Federal e prorrogou o inquérito sobre o caso.
Almeida saiu do governo em setembro do ano passado após denúncias de diversas mulheres virem à tona por meio da ONG Me Too, entre elas a ministra Anielle Franco.
Na época, o presidente Lula disse que diante das acusações era insustentável a permanência dele no governo. Almeida comandava a pasta de Direitos Humanos e Cidadania, o posto foi assumido pela professora Macaé Evaristo. O ex-ministro nega as acusações.
“A Polícia Federal abriu de ofício um protocolo inicial de investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos. O Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, disse a nota do Palácio do Planalto na época.
No sábado (15), Silvio Almeida voltou às redes sociais e disse que vai retomar seus projetos.
“Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão e nem segunda chance. Eu quero justiça”, afirmou. Na publicação, ele se diz injustiçado. “Nestes últimos meses, tentaram me fazer esquecer quem eu realmente sou, quem eu fui e quem eu sempre quis ser. Tentaram apagar trinta anos de trabalho sério, de dedicação e de muita renúncia”, escreveu.