O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é um dos dez nomes da Esplanada que se exonerou do cargo para poder participar da votação para as futuras presidências do Congresso neste sábado (1°). De volta à posição de deputado, ele votará em Hugo Motta (Republicanos-PB) para comandar a Câmara e confirma que o movimento foi um pedido do próprio presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.“Eu me licenciei do governo hoje, estou já como deputado, vou votar no candidato presidente Hugo Mota amanhã. Orientação do presidente é que os ministros se licenciassem para vir votar tanto no Hugo Mota, na Câmara dos Deputados, quanto no Davi Alcolumbre, aqui no Senado”, afirmou Padilha a jornalistas nesta sexta-feira (31).O político destacou, em mais de uma vez, que o pedido de votação foi recomendado pelo próprio presidente Lula, em posição que contrasta com o divulgado nos últimos meses pelo presidente.Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, na quinta-feira (30), Lula reafirmou que o chefe do Executivo não comentará em escolhas.“A eleição na Câmara e no Senado é uma questão dos partidos políticos, dos deputados e dos senadores. O presidente da República não se mete nisso. Então, se Hugo Motta for eleito presidente da Câmara e Alcolumbre, do Senado, eles serão os presidentes das instituições e é com ele que nós vamos fazer as tratativas que tiver que fazer”, disse. Padilha também afirmou que o governo vai apresentar em fevereiro a nova agenda de prioridades ao Congresso. Entre as propostas cotadas estão a reforma do imposto de renda - que deve ser voltada para aumentar taxas de isenção -, a regulamentação de redes sociais e punição para crimes ambientais. A lista final será confirmada na segunda semana de fevereiro.