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O que é o sobrevivente designado, que assume a presidência dos EUA em caso de catástrofe

Figura criada na Guerra Fria fica de fora do discurso do Estado da União, nesta terça-feira (4), para assegurar liderança do país

Internacional|Do R7

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump fará seu primeiro discurso do Estado da União nesta terça-feira (4) Reprodução/X/@POTUS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobe ao púlpito do Congresso americano nesta terça-feira (4) para seu primeiro discurso do Estado da União, um momento anual em que expõe os rumos de sua administração.

No Capitólio, em Washington, estarão reunidos congressistas, o vice-presidente JD Vance, líderes das Casas legislativas e a maioria dos altos funcionários do governo. Mas um membro específico do governo ficará de fora.

Esse membro é o sobrevivente designado, uma pessoa que cumpre um papel estratégico para assegurar a liderança do país em caso de uma tragédia sem precedentes, como um atentado terrorista ou uma hecatombe que eliminasse as principais autoridades.

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A tradição, iniciada na década de 1950 durante a Guerra Fria entre EUA e União Soviética, prevê que um membro do Gabinete fique fora da capital em um local secreto, sob forte proteção, durante o discurso.


O objetivo é assegurar que, em um cenário extremo, haja alguém na linha de sucessão presidencial apto a assumir o comando da maior potência mundial. Até o momento, o governo Trump não divulgou quem será o sobrevivente designado deste ano.

Linha de sucessão

Nos EUA, a linha de sucessão presidencial é longa e bem definida. Após o presidente, o cargo passa ao vice-presidente JD Vance, seguido pelo presidente da Câmara, Mike Johnson, e pelo senador “pro tempore” Chuck Grassley.


Depois, vêm os secretários do Executivo, começando pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e seguindo por outros como o do Tesouro, Scott Bessent, até chegar à secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, na 18ª posição.

Todos esses nomes costumam estar presentes no evento, o que torna o sobrevivente designado uma exceção crucial.


A prática, que não está prevista na Constituição, ganhou forma moderna com o Ato de Sucessão Presidencial de 1947. O primeiro sobrevivente oficial foi nomeado em 1981: o então secretário de Educação, Terrel Bell.

Desde então, a identidade da pessoa escolhida só passou a ser revelada ao público a partir dos anos 1980, geralmente pouco antes ou após o discurso. O posto mais alto da linha sucessória a ocupar essa função foi o de Advogado-Geral, sétimo na ordem.

No ano passado, o ex-presidente Joe Biden escolheu o secretário de Educação, Miguel Cardona, que foi levado para um local seguro fora de Washington durante o evento.

A pessoa designada deve atender a critérios constitucionais para assumir a presidência, como ser cidadão americano nato e ter pelo menos 35 anos -- o que excluiu figuras históricas ao longo do tempo, como Madeleine Albright e Henry Kissinger, que nasceram fora dos EUA.

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