Com o olhar voltado para a COP30, Brasil reforça o debate sobre a conservação do solo
Especialistas defendem práticas que aliam produção agrícola, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável

O Dia Nacional da Conservação do Solo foi instituído pela Lei nº 7.876, de 13 de novembro de 1989, em homenagem ao nascimento de Hugh Hammond Bennett (1881–1960), considerado o “pai da conservação do solo” nos Estados Unidos. Seu papel foi fundamental na conscientização sobre a importância da preservação desse recurso natural.
O solo é essencial para a produção de alimentos, a filtragem da água, a regulação do clima e a manutenção da biodiversidade. No entanto, enfrenta sérios desafios de degradação devido à urbanização, ao uso inadequado da terra, à poluição e às mudanças climáticas.
Em novembro, o Brasil sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, e um dos temas da COP 30 será justamente o solo.
“Usar de forma mais eficiente áreas já consolidadas é fundamental para que o Brasil continue aumentando sua produção agropecuária sem a necessidade de abertura de novas áreas. A conservação de solos é um pilar para garantir um futuro sustentável para a agricultura e a sociedade”, disse Fernando Sampaio, cofacilitador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 400 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas e sociedade civil.
A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do país.
Neste dia, reforçamos aqui no Mundo Agro a importância das estratégias que promovem a conservação do solo e a regeneração no campo.
Entre elas estão o plantio direto e a rotação de culturas, que reduzem a exposição do solo, melhoram sua estrutura e aumentam a retenção de água e nutrientes. Essas práticas também diminuem a dependência de insumos químicos e contribuem para o sequestro de carbono no solo.

Outras iniciativas relevantes envolvem sistemas integrados, como a agrofloresta e o modelo Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que promovem uma integração produtiva entre diferentes atividades, melhorando a produtividade, protegendo o solo contra a degradação e diversificando a renda no campo.
O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) surge como uma forma de reconhecer e recompensar financeiramente os produtores que adotam práticas conservacionistas, protegem nascentes e preservam a vegetação nativa.
Além disso, é fundamental aprimorar os programas voltados à agricultura de baixo carbono, promovendo sua ampliação, atualização e o fortalecimento da assistência técnica rural, com foco na capacitação contínua dos produtores.
Por fim, é necessário fortalecer mecanismos financeiros, como o Plano Safra, vinculando o acesso ao crédito a critérios socioambientais que incentivem práticas sustentáveis no campo.
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