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Exclusivo: Quiroga vê eleição como última chance contra ‘tirania troglodita totalitária’ na Bolívia

Candidato culpa governo do partido socialista boliviano pela crise econômica e por favorecer o narcotráfico no país

Jornal da Record News|Do R7

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Em meio à corrida presidencial na Bolívia, o ex-presidente de direita Jorge Tuto Quiroga (Coalizão Livre) surge como um dos principais nomes que ameaçam a hegemonia do MAS (Movimento Alternativa Socialista), no poder há 20 anos. Engenheiro de 65 anos, Quiroga governou o país entre 2001 e 2002, após a renúncia, por motivos de saúde, do militar Hugo Banzer.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Lumi Zúnica, da RECORD, o candidato critica Luis Arce e Evo Morales por deixarem uma crise energética e econômica no país. Para ele, caso não haja mudanças radicais de rumo, a Bolívia “terá que apagar as luzes e voltar à era de pedra”. Tuto afirma que, quando há colapsos econômicos sem alternativas democráticas, ocorre a tomada do governo.

“Condenam um país como o nosso, ou como está acontecendo com Venezuela e Cuba, a viver sob uma tirania troglodita totalitária que destrói a economia. Esta eleição de 17 de agosto é a última oportunidade de evitar isto”, discorre.

Somado aos desafios econômicos, o avanço do narcotráfico no país expõe, segundo Jorge, a marca de "um governo amigo”. O candidato aponta que, antes, empresas de petróleo, mineradoras, agricultores e outros setores investiam na Bolívia, mas agora os investimentos vêm de traficantes do PCC e do Comando Vermelho.

“Eu tive a oportunidade de estar em um governo que reduziu 80% da produção de cocaína. Por isso, Evo Morales não me quer, por isso quiseram me prender. Nós não vamos fazer da Bolívia uma narco república. Me dói no fundo do meu coração que, hoje em dia, se exporta mais cocaína ao Brasil do que gás”, ressaltou.

Sobre comércio exterior, Quiroga defendeu que a Bolívia adote uma postura mais aberta e independente do Mercosul, com acordos diretos com Ásia, Europa e China. Para o candidato, esse caminho poderia transformar o país em um “coração da América do Sul” e referência mundial na produção de lítio, preservação ambiental e descarbonização — sem, contudo, carregar o “colesterol de cocaína”.

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