‘Passa a sair de um cenário vermelho’, afirma economista sobre projeções de queda da taxa Selic
Previsões do Banco Central apontam redução do indicador básico de juros para 12,5% em 2026, enquanto a inflação deve ficar em torno de 4,95%
Jornal da Record News|Do R7
Embora o Banco Central mantenha a postura 'data dependent' — decisões sobre taxas de juros baseadas nos dados econômicos mais recentes —, diante das pressões inflacionárias e dos riscos fiscais, a economia “passa a sair de um cenário vermelho de possível elevação da taxa de juros para uma manutenção para queda”.
A avaliação é de Humberto Aillón, economista e professor da Fipecafi, ao comentar as projeções da instituição desta segunda-feira (18), que indicam recuo da Selic para 12,5% até 2026 e estimam a inflação em 4,95% — abaixo dos 5% pela primeira vez em muito tempo.
Em entrevista ao Jornal da Record News, Aillón explica que a política monetária do BC tem efeito atrasado sobre a economia, especialmente no consumo. Segundo ele, se não fosse a pressão pelo aumento das alíquotas de energia elétrica, a queda dos preços teria sido mais expressiva.
“Para os próximos meses e trimestres, [deve] realmente continuar essa queda na inflação, aí vai aliviar bastante os nossos indicadores econômicos para que o Banco Central consiga, com uma medida muito cautelosa, promover novos cortes de juros”, afirma.
Últimas



