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BRB estima R$ 2 bilhões em lucro para acionistas em 5 anos com compra do Banco Master

Paulo Henrique Costa, presidente do BRB, se reuniu com deputados para explicar operação; proposta ainda é avaliada

Brasília|Do R7, em Brasília

Reunião aconteceu nesta segunda-feira na CLDF Carolina Curi/ Agência CLDF - 07.04.2025

O presidente do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Costa, estima R$ 2 bilhões em lucro para os acionistas em cinco anos com a compra do Banco Master. A expectativa foi informada em reunião na tarde desta segunda-feira (7) com deputados da CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal). A compra do Banco Master tem sido alvo de questionamentos dos deputados distritais. Parte dos parlamentares defende que a CLDF participe da aprovação do negócio.

“Nós mostramos a lógica inteira da operação e o impacto de resultado ao longo do tempo. E passamos uma expectativa de dividendos aos principais acionistas: aproximadamente R$ 2 bilhões em 5 anos”, disse Paulo Henrique.

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O banco seria comprado também por R$ 2 bilhões, na proposta apresentada pelo BRB. Atualmente, o governo do DF é o acionista majoritário do BRB, com 65,63% das ações.

Os deputados distritais questionaram, no entanto, o fato de que o BRB não deterá o controle acionário do Banco Master. O contrato prevê a compra de 58% das ações. Mas, desse total, apenas 49% são ações ordinárias (com direito a voto nas decisões da empresa). “A compra do controle caracterizaria uma estatização do Banco Master. E uma série de benefícios, como expertise e tecnologias do banco, seriam perdidos. A operação deixaria de fazer sentido”, alegou Paulo Henrique.


O deputado Fábio Felix (PSol) demonstrou preocupação: “Há uma opção ali de não ter o controle acionário, então a gente não vai ter certeza de como as decisões do Banco Master vão ser encaminhadas depois. Até que ponto essas decisões vão, de fato, passar pelo BRB, que é um banco público?”.

Já o líder do governo, o distrital Hermeto (MDB), defendeu a operação e o crescimento do Banco de Brasília. “Quem era o BRB em 2019? Um banco quebrado, que só administrava folha de pagamento e consignado. O BRB está dando lucro e hoje é conhecido nacionalmente”, afirmou. “E o mais importante: quem autoriza é o Banco Central. A última palavra é do CADE ( Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e do Banco Central”, declarou.


O deputado Joaquim Roriz Neto (PL) reforçou que a competência para aprovar a operação é do Banco Central e disse estar satisfeito com os esclarecimentos prestados. “Pessoalmente fico tranquilo com essa movimentação, depois de o presidente do BRB ter explicado que os ativos de grande risco vão ser retirados da operação e que, logo nos primeiros anos, o BRB vai receber muito mais do que pagar”, opinou.

Em outro sentido, houve deputados que não se convenceram com as respostas dadas na ocasião. “Nós ficamos muito inseguros com essa operação. O BRB tem uma condição diferenciada. O pagamento dos servidores e de todos os programas sociais passa pelo BRB”, comentou Paula Belmonte (Cidadania), responsável pelo requerimento que convidou o presidente do BRB ao Legislativo.


Ela também expressou a necessidade de ouvir novamente o presidente do BRB, mas em reunião pública. O encontro desta segunda foi exclusivo para os deputados distritais.

Tramitação na CLDF

Após o encontro, distritais ponderaram sobre a possibilidade de acionar a Justiça para que a decisão tramite pela Câmara Legislativa. Decano da Casa e membro da oposição ao governo, Chico Vigilante (PT) reflete que há normativo para incluir o Poder Legislativo na análise. “Do meu ponto de vista, tem que passar pela CLDF e tem documento sustentando isso — a Lei Orgânica do DF e a Constituição. Se tentarem enrolar dizendo que não vai passar na Câmara Legislativa, nós vamos judicializar para que a Constituição e a Lei Orgânica sejam cumpridas”, argumentou.

Presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB) — que é membro da situação — considerou a hipótese, mas vislumbrou outro cenário. “Se houver necessidade de judicializar, é nosso papel, e o banco entende isso. Mas não vi até agora elementos que nos forcem a essa situação”, pontuou.

Com informações da Câmara Legislativa do Distrito Federal

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