A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Rio Melchior na CLDF (Câmara Legislativa do DF) realiza nesta quinta-feira (10) a segunda reunião do colegiado. A expectativa, segundo a presidente da CPI, deputada Paula Belmonte (Cidadania), é que novos requerimentos sejam aprovados nesta reunião. A parlamentar defende que os deputados adotem uma abordagem integrada e escutem o poder público, órgãos reguladores, sociedade civil e empresas potencialmente poluidoras.“Inicialmente, estamos focados em aprofundar o conhecimento sobre a situação do Rio e seus impactos na sustentabilidade do DF e Entorno”, explica.A Comissão pretende apurar a origem da contaminação do rio; uma possível omissão dos órgãos de fiscalização; e os impactos da poluição na saúde dos moradores das regiões administrativas de Samambaia, Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol, onde vivem cerca de 1,3 milhão de pessoas. Os impactos da poluição atingem também o Rio Descoberto, que alimenta o reservatório de Corumbá 4.Atualmente, o Rio Melchior está classificado no grau de poluição quatro, o pior índice de acordo com a legislação brasileira. Ou seja, a água é impróprio para consumo e para banho.Na primeira reunião, a CPI aprovou cinco convocações para ouvir membros do Ibram (Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal), da Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF), e da Sema (Secretaria de Meio Ambiente do DF).Veja quem são:A oitivas, no entanto, ainda não têm uma data definida para acontecer.Além da poluição no rio, a Comissão também pretende avaliar a proposta de instalação de uma usina termelétrica em Brasília entre as regiões de Samambaia e Recanto das Emas. A informação foi adiantada pela presidente da CPI, Paula Belmonte. “Queremos estar ouvindo toda a análise técnica do Ibama e ouvir a comunidade em relação a essa termelétrica. Ela é algo que pode ser muito importante para a sociedade, devido à geração de empregos e crescimento da economia, mas só temos que tomar cuidado porque o rio [Melchior] já é classificado como grau 4, ou seja, não é propício nem para beber nem para tomar banho, e não podemos deixar que a usina transforme o rio em um rio morto”, defendeu.O projeto da Usina Termelétrica Brasília pretende captar água do Rio Melchior para resfriar a temperatura da usina. Para a parlamentar, no entanto, isso pode causar impactos ambientais. “Quando ela [usina] devolve para o rio uma água em temperatura mais alta do que a natural, isso é sujeito a flora e fauna morrer e a termos uma proliferação muito maior de bactérias, pois sabemos que em um ambiente quente e abafado existe essa proliferação maior”, observou.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp