Trump diz que Putin poderia aceitar garantias de segurança para encerrar guerra na Ucrânia
Presidente dos EUA recebeu Zelensky e líderes de Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Finlândia para debater guerra
Internacional|Do R7, em Brasília
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta segunda-feira (18), na Casa Branca, líderes de países europeus, da Comissão Europeia e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para discutir saídas para a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Durante o encontro, houve um apelo geral por garantias de segurança para a Ucrânia, vistas como condição indispensável para evitar novas agressões no futuro. Além disso, os europeus cobraram por um cessar-fogo imediato.
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Segundo Trump, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria concordado em aceitar as garantias de segurança à Ucrânia — Trump e Putin se encontraram na última sexta-feira (15).
“Em um passo muito significativo, o presidente Putin concordou que a Rússia aceitaria garantias de segurança para a Ucrânia. E este é um dos pontos-chave que precisamos considerar. E vamos considerar isso na mesa também, como quem fará o quê, essencialmente. Estou otimista. Acho que coletivamente podemos chegar a um acordo que impeça qualquer futura agressão contra a Ucrânia, e, na verdade, acho que não haverá”, disse Trump nesta segunda.
O encontro reuniu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, além dos chefes de governo da Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Finlândia.
Trump afirmou que “estamos todos trabalhando pelo mesmo objetivo, um objetivo muito simples: queremos parar a matança”. Ele destacou que pretende organizar uma reunião trilateral com Zelensky e Putin. Apesar dos pedidos de cessar-fogo, o líder americano defendeu que qualquer solução deve ser duradoura.
“Nas seis guerras que paramos, não tivemos um cessar-fogo, então não sei se é necessário. É possível fazer isso durante a guerra, mas eu gostaria do cessar-fogo de outro ponto de vista. Você para imediatamente com a matança. Mas acredito que um acordo de paz no final de tudo isso é algo muito possível e pode ser feito em um futuro próximo. Com todas as guerras em que me envolvi, só nos resta esta”, comentou.
Zelensky pede troca de prisioneiros e volta de crianças sequestradas
Zelensky aproveitou a reunião na Casa Branca para reforçar a importância das garantias de segurança como base de qualquer acordo de paz com a Rússia. Segundo ele, a segurança do país não pode ser vista isoladamente, mas depende da cooperação dos Estados Unidos, da União Europeia e da Otan.
“É muito importante que os Estados Unidos deem um sinal tão forte e estejam prontos para garantias de segurança”, disse. Para ele, qualquer acordo só será legítimo se incluir medidas duradouras que garantam não apenas a defesa militar, mas também a proteção da população civil.
Zelensky também deu destaque à dimensão humanitária da guerra, pedindo esforços imediatos para a troca de prisioneiros de guerra e o retorno das crianças ucranianas deportadas para a Rússia.
“Acho isso muito importante para garantir a segurança, trazer as crianças de volta e todo o nosso povo, não apenas os guerreiros. Os guerreiros e todos os civis, jornalistas, muitas pessoas na prisão. Então, precisamos deles de volta”, pediu Zelensky.
Além disso, o presidente ucraniano afirmou que está preparado para uma reunião trilateral com Trump e Putin, destacando que esse encontro pode ser decisivo para discutir diretamente questões sensíveis, como segurança e território. “Se o presidente Trump estiver presente, a Ucrânia estará lá. Estamos prontos para isso”, afirmou.
Apelo por garantias de segurança
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, ressaltou que prioridade deve ser parar a destruição da Ucrânia, lembrando que o conflito já se arrasta há anos e cobra um alto custo humano e material. “Se jogarmos bem, podemos acabar com isso. Temos que parar a destruição da Ucrânia”, afirmou.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o encontro deve ser visto como uma “abertura” para os próximos passos e destacou que a União Europeia está pronta para apoiar as iniciativas que possam levar a um acordo de paz sustentável.
O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, destacou que os próximos passos do processo de paz serão os mais complicados, mas que o caminho já está aberto para negociações.
Ele defendeu que um cessar-fogo seja estabelecido antes da próxima rodada de diálogos, ressaltando que a credibilidade dos esforços internacionais depende desse ponto inicial. Para Merz, a próxima reunião, de caráter trilateral, não pode acontecer sem esse avanço mínimo.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse que o encontro em Washington marca uma nova fase nas tentativas de diálogo, após mais de três anos sem sinais da Rússia de disposição para negociar. Ela creditou o avanço à resistência ucraniana no campo de batalha e ao apoio internacional.
Meloni enfatizou que a unidade dos aliados é fundamental para garantir uma paz justa e duradoura, defendendo garantias de segurança que evitem novas agressões.
O presidente da França, Emmanuel Macron, também destacou a importância de uma reunião trilateral como única forma de avançar rumo à paz. Para ele, o processo deve ser ampliado posteriormente para um formato quadrilateral, abrangendo toda a segurança europeia.
Macron insistiu na necessidade de uma trégua imediata para interromper as mortes e defendeu que as garantias de segurança incluam tanto um exército ucraniano fortalecido quanto compromissos firmes dos aliados europeus.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, lembrou que a guerra na Ucrânia não impactou apenas os ucranianos, mas também a segurança da Europa e do Reino Unido.
Starmer também apoiou a ideia de uma reunião trilateral como próximo passo e disse acreditar que o encontro em Washington será lembrado como um marco no esforço para encerrar o conflito.
Leia perguntas e respostas sobre o assunto
Qual foi o objetivo do encontro entre Donald Trump e os líderes europeus?
O encontro teve como objetivo discutir soluções para a guerra entre Rússia e Ucrânia, com foco em garantias de segurança para a Ucrânia e um cessar-fogo imediato.
O que Donald Trump afirmou sobre Vladimir Putin durante a reunião?
Trump afirmou que Putin concordou em aceitar garantias de segurança para a Ucrânia, considerando isso um ponto-chave para evitar futuras agressões.
Quem participou da reunião na Casa Branca?
Participaram do encontro o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, além dos líderes da Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Finlândia.
Qual foi a posição de Zelensky sobre as garantias de segurança?
Zelensky destacou que as garantias de segurança são fundamentais para qualquer acordo de paz com a Rússia e que a segurança da Ucrânia depende da cooperação dos Estados Unidos, da União Europeia e da Otan.
O que Zelensky pediu em relação à situação humanitária da guerra?
Ele pediu esforços imediatos para a troca de prisioneiros de guerra e o retorno das crianças ucranianas deportadas para a Rússia, enfatizando a importância de trazer de volta não apenas os guerreiros, mas todos os civis.
Qual foi a posição do secretário-geral da Otan sobre a destruição da Ucrânia?
Mark Rutte ressaltou que a prioridade deve ser parar a destruição da Ucrânia, lembrando que o conflito já dura anos e tem causado um alto custo humano e material.
Como os líderes europeus veem o futuro das negociações de paz?
Os líderes expressaram que os próximos passos do processo de paz serão complicados, mas que o caminho para negociações já está aberto. Eles enfatizaram a necessidade de um cessar-fogo antes da próxima rodada de diálogos.
Qual foi a opinião da primeira-ministra da Itália sobre o encontro?
Giorgia Meloni afirmou que o encontro em Washington marca uma nova fase nas tentativas de diálogo e que a unidade dos aliados é fundamental para garantir uma paz justa e duradoura.
O que Emmanuel Macron destacou sobre a reunião trilateral?
Macron destacou a importância de uma reunião trilateral como única forma de avançar rumo à paz e defendeu a necessidade de uma trégua imediata para interromper as mortes.
Qual foi a visão do primeiro-ministro do Reino Unido sobre o impacto da guerra?
Keir Starmer lembrou que a guerra na Ucrânia não afeta apenas os ucranianos, mas também a segurança da Europa e do Reino Unido, apoiando a ideia de uma reunião trilateral como próximo passo.
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