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Mauro Vieira sobre Trump: 'Essa carta não tem cabimento'

Ministro das Relações Exteriores concedeu uma entrevista exclusiva à jornalista Tainá Farfan, da RECORD

Hora News|Do R7

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Nesta sexta-feira (18), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, concedeu uma entrevista exclusiva à jornalista Tainá Farfan, da RECORD, na qual detalha as negociações mantidas pelo Brasil com os Estados Unidos desde o  "tarifaço" de abril.

“Houve seis reuniões virtuais e depois uma sétima presencial com uma equipe do Ministério das Relações Exteriores que foi aos Estados Unidos fazer essa negociação. [...] Nós mantivemos todo um processo que se estendeu, somando essas reuniões virtuais e presenciais, foram 11. Isso está dentro da nossa prática diplomática, que é de conversar e negociar”, explica.

O ministro diz que foi surpreendido pela carta enviada por Donald Trump, na qual cita o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo Vieira, “confunde o tratamento do tema”. “Essa carta não tem cabimento. Não há nenhuma razão diplomática que possa explicar uma carta desse sentido, porque a questão do ex-presidente da República está sendo tratada por um ramo independente, que é o judiciário”, pontua.

O chefe da pasta de Relações Exteriores relata que o Brasil ainda espera uma resposta norte-americana. “Mandamos uma carta assinada pelo vice-presidente da República [Geraldo Alckmin] e por mim, após ter recebido essa carta do presidente Trump na semana passada, pedindo que eles respondessem a nossa carta, em que nós apresentávamos propostas, que eram consequências das negociações que nós fizemos”, explica.

Mauro Vieira ainda afirma que as tarifas são indefensáveis, mas admite negociações. “Na carta do presidente Trump, em que ele trata de temas políticos relativos ao ex-presidente da República, ele diz que os impostos são aplicados porque o Brasil tem um grande superávit com os Estados Unidos, que isso é prejudicial. Isso é uma falácia, isso é um erro”, diz.

O ministro minimiza o impacto da carta enviada por Donald Trump a Jair Bolsonaro, com críticas à Justiça brasileira. “Não há nenhuma alegação de que isso é uma questão que está sendo feita como uma perseguição, como diz uma das cartas, que é uma caça às bruxas. Isso é absolutamente infundado. Portanto, são dois temas completamente separados", completa.

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