Brasil precisa negociar até a 'exaustão' e abrir novos mercados para lidar com tarifaço; entenda
Professor Roberto Rodrigues destaca que custos de produção altos e preços agrícolas menores configuram uma verdade "tragédia"
Record News Rural|Do R7
Em entrevista ao Record News Rural desta segunda-feira (18), o professor emérito da FGV Agro, Roberto Rodrigues, afirma que a situação do tarifaço imposto por Donald Trump é complexa, mas exige negociação até a exaustão.
Rodrigues destaca que "buscar mercados é uma questão central" do problema. Considerando que China, União Europeia e Estados Unidos são os maiores compradores do Brasil, o professor entende que essa questão deve ser ampliada, permitindo a construção de relações comerciais com outros países que antes estavam fora do radar do comércio brasileiro.
Ele também afirma que a situação envolve dois fatores muito preocupantes, que resultam em uma verdadeira "tragédia": custo maior de produção e preço agrícola menor. "Nós estamos vivendo um plano de safra bastante pessimista", explica.
O professor ainda ressalta o papel das cooperativas neste momento de crise e como essas empresas podem auxiliar, inclusive em questões ligadas às desigualdades sociais. "A cooperativa é a essência da inclusão social, a razão pela qual a ONU, cujo papel principal é garantir a paz mundial — não tem tido muito sucesso —, decretou em 2025 o ano internacional das cooperativas", afirma.
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