Entenda o mercado e as perspectivas para o setor sucroenergético na safra 2025/2026
Nelson Perez, presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA, diz que produtores enfrentam um ano bastante desafiador
Record News Rural|Do R7
O setor sucroenergético brasileiro já acumula cerca de três meses da safra 2025/2026, período suficiente para observar tendências e também desafios que vêm se consolidando no campo e nas usinas. O Record News Rural convidou Nelson Perez, presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil) para fazer uma análise.
Segundo Perez, a seca e queimadas afetaram a qualidade da matéria-prima e reduziram a produtividade. O aumento nos custos de fertilizante também prejudica os produtores. As usinas estão priorizando o açúcar em detrimento do etanol devido à melhor remuneração. Questões trabalhistas e políticas agravam o cenário para agricultores que buscam financiamento, enfrentando taxas de juros elevadas e um ambiente econômico desafiador.
"Nós temos uma quebra de produtividade devido às chuvas, à seca, às queimadas, nós temos uma diminuição na qualidade da matéria-prima devido ao deslocamento dessa chuva, nós temos atraso de colheita devido a essa chuva justamente ter coincidido com o início da moagem [...]. E associado a isso tudo, nós temos um aumento do custo principalmente na área de fertilizantes [...]. Então todos esses fatores contribuem para derrubar significativamente a margem do produtor rural. Então o produtor rural tem que tomar muito cuidado, que vai ser um ano muito difícil", avalia.
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