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Apesar de preocupante, coronavírus é menos letal do que outros vírus

São 19 casos confirmados no Brasil, a maioria em São Paulo. Na sexta (6), Bolsonaro disse em pronunciamento que 'não há motivo para pânico'

Saúde|Do R7

Há 10 casos registrados em São Paulo
Há 10 casos registrados em São Paulo Há 10 casos registrados em São Paulo

O aumento dos casos de infecções pelo novo coronavírus no Brasil preocupa brasileiros. Em pronunciamento na noite desta sexta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro disse que não há motivo para pânico. "Seguir rigorosamente as recomendações dos especialistas é a melhor medida de prevenção”, disse o presidente.

Leia mais: Conheça medidas para evitar a contaminação do coronavírus

No Brasil, são 19 casos confirmados. Há também 768 casos suspeitos monitorados pelo Ministério da Saúde e outros 480 que já foram descartados.

Mas o país enfrenta um problema mais grave e já conhecido: a dengue. O virologista Maurício Nogueira, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), afirma que, com as informações atuais, a dengue deve ser o maior problema que Brasil enfrentará neste ano. Foram registrados, em apenas 34 dias, 91,1 mil casos prováveis de dengue.

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Em 2019, foram registrados 754 óbitos pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o segundo mais alto da série histórica, segundo o Ministério da Saúde. Em 2018, foram 155 mortes pela doença e, em 2017, 185.

Os dados, de janeiro a 7 de dezembro de 2019, apontam ainda 1,527 milhão de notificações, concentradas principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Quase dois terços das ocorrências foram em São Paulo, Minas e Espírito Santo. E a tendência é de que os registros continuem altos em 2020.

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Gravidade do novo coronavírus

A China registrou até o momento 3.070 mortes entre os 80.651 contágios comprovados pelo novo coronavírus. Desses, 22.177 continuam infectados, sendo 5.489 em estado grave. No entanto, 55.404 pacientes já se recuperaram e receberam alta.

Em comparação a outras epidemias recentes, como a de gripe A (H1N1) e do ebola, o coronavírus mostra níveis de infectividade e letalidade menores.

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O ebola, que apareceu pela primeira vez em 1976, causou uma grave epidemia entre 2014 e 2016 nos países africanos de Guiné, Serra Leoa e Libéria, matando 11.308 pessoas no período. De acordo com dados da OMS, a taxa média de mortalidade causada pela doença é de 50%, tendo variado de 25% a 90% em surtos passados. Desde que foi descoberto, o vírus causou a morte de 12.913 pessoas no mundo todo.

O surto mundial de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) entre 2002 e 2003 atingiu 8.098 pessoas na Ásia, Europa e nas Américas, sendo registradas 774 mortes. Um relatório da OMS divulgado em 2003, quando o surto foi considerado encerrado, citou uma taxa de mortalidade de 15%, que podia variar em cada região do mundo. Em números absolutos, o novo coronavírus já causou mais mortes que a Sars, mas sua taxa de mortalidade é menor: 3,4%, de acordo com a OMS.

Leia mais: Coronavírus não transmite tão fácil quanto a gripe, diz diretor da OMS

A gripe A, causada pelo H1N1, causou uma pandemia em 2009, quando foi identificada. No fim do surto, em 2010, a OMS estimou em 18.500 o número de mortes causadas pela doença. Entretanto, em estudo posterior, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) estimou que entre 151.700 e 575.400 pessoas morreram de H1N1 em todo o mundo.

O Brasil teve em 2019 teve 1.109 mortes por gripe, segundo o último relatório do Ministério da Saúde. O subtipo de vírus da gripe que mais matou foi o H1N1, com 787 óbitos.

Já a Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) é uma doença respiratória também causada por um tipo de coronavírus. Ela foi primeiramente relatada em 2012 na Arábia Saudita e já causou 866 mortes em todo o mundo, tendo infectado 2.519 pessoas, de acordo com a OMS.

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