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R7 Brasília

Chinelo e biscoito ‘recheados’: polícia descobre drogas e evita entrada em presídio no DF

Material incluía 8 gramas de uma substância semelhante à maconha e 15 gramas de um pó com características de cocaína

Brasília|Do R7, em Brasília

Polícia Penal do DF flagra drogas escondidas em chinelos
Polícia Penal do DF flagra drogas escondidas em chinelos Divulgação/Polícia Penal do DF - Arquivo

A Polícia Penal apreendeu drogas e tabaco durante procedimentos de segurança em unidades prisionais do Distrito Federal. As operações fazem parte do reforço no controle de entrada de objetos proibidos nos dias de visita.

Segundo estimativa da Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape/DF), o valor de mercado da maconha dentro do sistema prisional pode chegar a R$ 100 por grama, enquanto o fumo é negociado a R$ 80 por grama.

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Na Penitenciária II do Distrito Federal (PDF II), uma visitante foi flagrada tentando entrar com maconha escondida no chinelo. A substância ilícita foi identificada durante a inspeção com o body scan. A mulher confessou que tentava levar a droga a pedido do filho e foi encaminhada à 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião, onde foi autuada por tráfico de drogas.

No mesmo dia, um homem — irmão do mesmo detento — tentou entrar na unidade com 28 gramas de fumo também escondidos em um chinelo. A Polícia Penal interceptou a ação, frustrando a tentativa de introdução do material proibido.


Casos semelhantes já haviam sido registrados na semana anterior. Na última quinta-feira (06), agentes realizaram a apreensão de 300 gramas de tabaco ocultadas da mesma maneira, reforçando a tendência do uso desse tipo de esconderijo para burlar a fiscalização.

Na Penitenciária I do Distrito Federal (PDF I), uma jovem de 24 anos foi flagrada tentando entrar com 389 gramas de tabaco escondidas em pacotes de bolacha. Ao todo, nove embalagens foram apreendidas. Do lado de fora da unidade, cães farejadores do Núcleo de Cães da Polícia Penal do DF localizaram dois pacotes de entorpecentes em um banheiro destinado aos visitantes. O material incluía 8 gramas de uma substância semelhante à maconha e 15 gramas de um pó com características de cocaína.


Regras e punições para visitantes

O endurecimento no controle de entrada de ilícitos segue as diretrizes da Portaria nº 10, de 25 de janeiro de 2024, que ampliou as punições para quem tenta introduzir itens proibidos nos presídios. De acordo com a norma:

  • Visitantes flagrados com tabaco ou similares são suspensos por 90 dias;
  • Reincidentes podem ficar um ano sem direito a visitas.

Até o momento, 241 apreensões de objetos não autorizados foram registradas em 2024, sendo que o tabaco lidera as ocorrências, com 127 flagrantes e 14 kg apreendidos.


A Seape/DF reforça seu compromisso com a segurança do sistema penitenciário e o combate ao crime organizado, garantindo medidas rigorosas para impedir a entrada de ilícitos nas unidades prisionais.

Como funcionam os procedimentos de revista

Todos os visitantes passam por rigorosos procedimentos de revista antes de entrar nos presídios. As inspeções utilizam detectores de metais, aparelhos de raios X e escâneres corporais.

Caso um objeto suspeito seja detectado, as seguintes medidas são adotadas:

  • Repetição da revista mecânica com outro equipamento;
  • Se houver confissão, o visitante é encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) ou hospital para extração do material;
  • Se negar e os equipamentos continuarem apontando a presença do objeto, ele será avaliado por um profissional de saúde antes de qualquer procedimento;
  • Caso a posse de material proibido seja confirmada, o visitante será encaminhado à delegacia para as providências legais.

Além disso, visitantes não podem sair das unidades com cartas, bilhetes, dinheiro suspeito ou objetos não autorizados. O descumprimento dessas normas pode resultar na suspensão das visitas.

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