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PT vende ingressos de até R$ 20 mil para festejar aniversário de 43 anos

Partido escolhe restaurante de luxo para fazer festa e vende convites com diferentes faixas de preço para arrecadar fundos

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O Partido dos Trabalhadores (PT) vai festejar o aniversário de 43 anos da sigla com um jantar em um restaurante de luxo em Brasília na noite desta terça-feira (14) e colocou à venda ao menos 300 convites com valores de até R$ 20 mil para os interessados em participar da celebração.

O objetivo da arrecadação, segundo o PT, é abastecer os cofres do partido. A sigla definiu quatro faixas de preço para as entradas: R$ 500, R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 20 mil. “Faremos um jantar por adesão com o intuito de arrecadar fundos para o partido. Isso faz parte de uma política que visa promover a auto sustentação financeira do PT e que possibilita a formação política dos nossos quadros partidários”, explicou o PT aos convidados.

São esperados ministros do governo federal e até o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A presença dele, no entanto, não é certeza, Lula cumpre agenda oficial na Bahia nesta terça. O jantar está previsto para começar às 20h.

Críticas ao Banco Central

Na noite de segunda-feira (13), o PT promoveu um evento em Brasília para comemorar o aniversário de 43 anos. A cerimônia contou com a participação dos principais nomes da sigla e ficou marcada por críticas à independência do Banco Central e ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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Outro ponto de destaque da festa foi um agradecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presença do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que teve envolvimento em diferentes escândalos em gestões do PT.

Em 2013, ele foi condenado a sete anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa por participar do Mensalão. Em 2018, Dirceu foi condenado a 27 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro por condutas ilícitas na Petrobras investigadas pela Operação Lava Jato.

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“Quero agradecer a cada um de vocês. Companheiro Zé Dirceu. Queria agradecer a você porque eu sei o quanto você foi solidário ao que eu passei”, disse Lula no evento.

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O presidente aproveitou a solenidade para voltar a dizer que o impeachment de Dilma foi um golpe de Estado. “Muitas vezes não conseguimos fazer tudo o que queríamos fazer. Mas é importante a gente não perder de vista que a gente tem que tentar, porque tudo o que fizemos em 13 anos de governo do PT foi destruído em seis anos, depois do golpe e depois do último mandato de quatro anos [do ex-presidente Jair Bolsonaro]”, afirmou Lula.

Presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) fez um discurso com diversas críticas ao Banco Central. “O Banco Central é uma autarquia do estado brasileiro e que corrobora com a mentira [do mercado financeiro], impondo um arrocho de juros elevados ao Brasil. Isso tem que mudar. Temos um mercado antiquado e atrasado”, disse.

“Temos que parar de ter medo de debater política econômica, seja ela monetária, fiscal ou cambial, e tentar nos acomodar àqueles que querem assim ou pensam assim. Não há acomodação possível diante de 33 milhões que passam fome, tantas famílias destruídas pelo desemprego”, acrescentou Gleisi.

Segundo a deputada, “está na hora de enfrentar esse discurso do mercadocrata, dos ricos desse país, de que temos risco fiscal”. “Qual risco? De não pagar a dívida? Mentira. Nossa dívida é toda em reais, numa proporção razoável do PIB. Ainda temos reservas internacionais deixadas pelo PT. Eles mentem.”

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