'É uma reviravolta na guerra': professor explica mudança do envolvimento dos EUA na Ucrânia
Trump teria perguntado a Zelensky se o país teria condições de atacar Moscou
Conexão Record News|Do R7
O presidente Donald Trump perguntou ao líder da Ucrânia se o país teria condições de atacar Moscou. A informação foi revelada pelo jornal norte-americano Financial Times, citando duas fontes próximas ao governo. Trump teria abordado o assunto com Volodymyr Zelensky durante uma ligação telefônica no dia 4 de julho. Segundo as fontes ouvidas, o líder incentivou o governo ucraniano a fazer bombardeios contra regiões russas distantes da fronteira com a Ucrânia, incluindo a capital. Neste caso, Trump teria dito que os Estados Unidos poderiam enviar armas de longo alcance.
"O envolvimento dos Estados Unidos está mudando", afirma o professor Vitélio Brustolin ao comentar a notícia. O pesquisador lembra que, embora tenha criticado o envio de armas à Ucrânia no passado, agora há uma mudança na atuação americana na guerra.
Em entrevista ao Conexão Record News desta terça-feira (15), Brustolin analisa que “os Estados Unidos passam de um apoiador, inclusive doando armas para a Ucrânia, para um vendedor de armas”. Ele explica que os EUA venderão armamentos para países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que devem repassá-los à Ucrânia.
O professor também destaca que Trump “deu um ultimato de 50 dias para Putin fazer a paz”. O presidente norte-americano disse estar decepcionado com o líder russo, que rompeu seguidos acordos com bombardeios a creches e áreas civis. Para Brustolin, essa nova postura de Trump pode indicar uma escalada ainda maior no conflito.
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