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Entenda o impacto da posse de Trump em cessar-fogo entre Israel e Hamas

Acordo que está sendo discutido é o mesmo que foi negado pelos terroristas, mas declaração do presidente americano recém-eleito pressiona grupo

Conexão Record News|Do R7

As conversas para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas seguem caminhando para um desfecho. Em discurso nesta segunda-feira (23), Benjamin Netanyahu ressaltou que as conversas progrediram, mas ainda há pontos a serem resolvidos. Em entrevista ao Conexão Record News, Vitélio Brustolin, professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense e pesquisador de Harvard, comentou o avanço.

“É o mesmo acordo apresentado no início do ano pelo governo [Joe] Biden, que foi recusado pelo Hamas na época. O Hamas não queria que Israel ficasse com o Corredor Filadélfia, que divide a Faixa de Gaza e o Egito. Israel alega que por ali entrou grande parte do armamento que o Hamas usou para atacar Israel no dia 7 de outubro do ano passado. O Hamas também não concordava que Israel ficasse no Corredor Netzarim, feito no meio da Faixa de Gaza pelas forças de defesa de Israel”, explicou Brustolin. “Não sabemos se o acordo sai, mas a fala de [Donald] Trump de que ‘se quando ele tomar posse (em 20 de janeiro) o Hamas ainda tiver reféns de Israel, ele vai transformar a vida do Hamas em um inferno’ tem pressionado bastante [o grupo terrorista] para fechar esse acordo”, completou.

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