Milhares de norte-coreanos são enviados à Rússia para trabalhar em condições análogas à escravidão
Trabalhadores relataram exercer jornada de 18 horas por dia com apenas duas folgas no ano, além de ficarem confinados em contêineres
Conexão Record News|Do R7
A cooperação e a relação de boa vizinhança continuará entre Rússia e Coreia do Norte, segundo o porta-voz do Kremlin, que reafirmou o compromisso entre os dois países após conversa por telefone entre Vladimir Putin e Kim Jong-un.
A aproximação entre os países traz, porém, prejuízos a parte da população norte-coreana; segundo informações da inteligência sul-coreana, com a Rússia aumentando seus ataques e intensificando as ofensivas na Ucrânia, o país acaba dependendo de mão de obra, enviada pela Coreia do Norte; em 2024, foram 10 mil pessoas enviadas de Pyongyang. Neste ano, no número pode chegar a 50 mil.
Conforme os dados recebidos, as condições para os trabalhadores enviados ao território russo são análogas à escravidão. Alguns trabalhadores conseguiram fugir e expuseram que a jornada de trabalho para eles era de 18 horas por dia, com apenas duas folgas ao ano; sem contar o controle governamental sobre os funcionários norte-coreanos, confinados em contêineres superlotados e vigiados por agentes do Departamento de Segurança da Coreia do Norte.
Em entrevista para o Conexão Record News desta quarta (13), o mestre em direito internacional Manuel Furriela explica a relação da Coreia do Norte com a Rússia: “A Coreia do Norte tem apoiado a Rússia em vários aspectos, desde o fornecimento armamentos em segundo grau, em menor escala, drones, mas principalmente munição”.
Segundo o especialista, a Coreia do Norte envia seus trabalhadores à Rússia nessas condições de olho nos benefícios que a ditadura local pode ter: “À Coreia do Norte interessa totalmente esse tipo de relação porque ela consegue moeda forte, dólares, euros, onde ela recebe compensações econômicas se enviar a mão de obra”.
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