Tentativa de golpe: 'Falar em anistia é permitir que se repita', diz ex-secretário de Justiça
Para Beto Vasconcellos, os delitos foram graves e devem ser reconhecidos; Bolsonaro e outros 36 foram indiciados pela PF
Hora News|Do R7
“Me parece absolutamente inoportuno, no atual cenário, discutir a continuidade daqueles projetos de lei, tanto na Câmara, quanto no Senado, para anistiar as pessoas que aderiram ao 8 de janeiro”, diz Beto Vasconcellos, advogado e ex-secretário nacional de Justiça, em entrevista exclusiva à RECORD NEWS nesta quinta-feira (21), sobre os atos antidemocráticos que aconteceram em 2023.
A Polícia Federal decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado, após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Além do ex-presidente, 36 pessoas foram indiciadas, entre elas, os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. “Se concluída a participação destas pessoas nesses crimes, falar em anistia me parece absolutamente equivocado. O Brasil precisa de responsabilização”, declara Vasconcellos.
“Em muitas fases da história do Brasil, permitiu-se que ilícitos gravíssimos fossem anistiados, o que gerou o risco de repetição. Quando não há responsabilização, o mesmo comportamento tende a se repetir”, completa o advogado.
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