‘Temos uma taxa de juros que nos amedronta’, diz presidente da Câmara dos Deputados
Hugo Motta defendeu uma agenda política pelo povo e sem ‘radicalismo’ e comentou cenário econômico do país em evento no DF
Brasília|Kristine Otaviano, RECORD e Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), comentou nesta quarta-feira (12) o cenário econômico do Brasil e disse que “temos hoje uma taxa de juros que amedronta”. A declaração foi dada no Brasil Summit, em Brasília, evento que reuniu parlamentares, governadores e executivos para debater o futuro econômico do país.
Segundo Motta, a preocupação com a realidade econômica que o Brasil vive é um tema importante.
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“Sabemos o quanto ela [taxa de juros] tem sido danosa, travando investimentos no nosso país. Infelizmente terminamos o ano com o dólar batendo altas que nunca vimos antes em toda a história, o que também traz uma série de consequências para quem mais precisa. Basta ver essa alta de alimentos que tem penalizado principalmente quem está na ponta, quem ganha menos”, observou.
Motta também disse que é preciso um diálogo franco com o governo federal e que “não dá mais para afastar as decisões do governo das responsabilidades com relação às despesas e aos gastos públicos”.
“Precisamos sim pontuar que não será possível promover uma política de evolução social com a inflação descontrolada, com a taxa de juros subindo a cada reunião do Copom, com o dólar batendo os níveis que vem batendo e com o cenário internacional desafiador depois da eleição do novo presidente americano [Donald Trump]. O governo do Brasil precisa ser cada vez mais eficiente”, afirmou.
Para o deputado do Republicanos é necessário avançar com uma agenda positiva para o país. “A nossa bandeira é a do diálogo permanente e da busca pela pacificação nacional. Temos procurado fazer isso na prática e essa construção se dá primeiro internamente, construindo as convergências dos partidos que compõem a casa. Temos um Brasil, que tem 200 milhões de brasileiros, que depende do que está sendo discutido na nossa capital da República. Precisamos construir a agenda que o povo brasileiro quer e não mais uma agenda de radicalismo”, disse.
O presidente da Câmara também afirmou que o Congresso tem ajudado o Executivo em todas as agendas de interesse do governo federal dos últimos dois anos. “A agenda do ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad foi integralmente apoiada, Ministério da Fazenda, as medidas que estavam chegando ao Congresso, mas sempre colocando as nossas preocupações”, afirmou.