'A Europa está em alerta máximo', diz especialista sobre situação na Polônia
Países europeus enviam tropas e equipamentos em resposta a exercícios militares russos e bielorrussos
Conexão Record News|Do R7
Com a Zapad-2025 — manobras militares entre Belarus e Rússia —, a segurança na fronteira da Polônia com o território russo foi reforçada por vários países aliados da União Europeia. Nações como Holanda, República Tcheca, Alemanha e França declararam a certeza do envio de tropas, sistemas de defesa e aeronaves; já Portugal convocou o embaixador russo para esclarecimentos.
Apesar das preocupações da Europa, o Ministério da Defesa da Rússia declarou que os exercícios são simulações onde a primeira fase representa a repulsão de um ataque contra os governos envolvidos, e a segunda se concentrará em restaurar a integridade territorial do Estado da União e “esmagar o inimigo”, contando com a participação de grupos de coalizão de forças dos “estados amigos”.
Em entrevista para o Conexão Record News, o professor de relações internacionais Vitelio Brustolin explicou que o momento atual para tais países é de tensão e que os exercícios, conhecidos como zapad, não são atos isolados, já que acontecem com frequência. Ele ressaltou ainda que, por mais que Putin tivesse afirmado a não invasão à Ucrânia, ele não cumpriu com suas palavras e medidas aconteceram em situações parecidas com a atual:
“Quando a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022, reinvadiu, ela estava fazendo exercícios na fronteira da Ucrânia, e o Putin disse várias vezes que não invadiria [...]. Todo o primeiro escalão russo disse que não haveria invasão. E houve. Então ninguém pode culpar os países da região de estarem em alerta máximo e se preparando para qualquer movimento russo”.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o bloco europeu não irá ceder, segundo ele, à crescente intimidação da Rússia. Enquanto isso, o governo russo solicitou à Polônia que reconsiderasse sua decisão sobre reforços de aliados na fronteira, alegando que tal ação seria prejudicial.
“De qualquer forma, a Europa está em alerta máximo, nesse momento a Europa está numa corrida armamentista. Desde 1945, não se gasta tanto em armas naquela parte do mundo”, finaliza o especialista.
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