'É necessário um choque de confiança, não um choque de juros', diz economista sobre alta da Selic
Disparada do dólar e anúncio do pacote fiscal são considerados determinantes para o aumento da taxa
Conexão Record News|Do R7
“Quando o Banco Central fala que o dólar subiu, pensamos naquele ditado: 'o que nasceu primeiro, o ovo ou a Galinha?' Quer dizer, o dólar está subindo por outras razões, agora o Banco Central diz que o dólar está subindo e isso impacta nos juros”, explica Miguel Daoud, economista, ao Conexão Record News nesta terça-feira (17).
Para o economista, a trajetória da dívida do governo está chegando em um ponto onde não tem mais controle. O Brasil deve atualmente R$ 7 trilhões e, como é uma economia que "cresce pouco", seria impossível conseguir pagar a curto prazo, completa.
Por conta desta dívida, o mercado passa a não se sentir seguro.
Segundo Daoud, seria necessário um "choque de credibilidade" e não um "choque de juros", ou seja, o Congresso e o Executivo devem demonstrar que farão medidas efetivas para reduzir os gastos para reconquistar a confiança do mercado.
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