Advogado nega envolvimento de Bolsonaro em golpe e compara julgamento ao caso Dreyfus
Durante sustentação oral no STF, Paulo Cunha Bueno usou emblemático escândalo francês para defender a absolvição do ex-presidente
Hora News|Do R7
“Está efetivamente, pela análise dos fatos posteriores à tal reunião, evidenciado que o ex-presidente, além de não pretender dar golpe de Estado, não teve nenhum intuito de seguir adiante com o projeto criminoso apontado pela denúncia”, afirmou Paulo Cunha Bueno, segundo advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é considerado pela denúncia da Procuradoria-Geral da República como líder da organização responsável pela tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Durante a sustentação oral no STF (Supremo Tribunal Federal), Cunha destacou que a acusação constrange o exercício da defesa do ex-presidente e comparou o julgamento a uma versão brasileira do caso Dreyfus — considerado um “erro jurídico” que dividiu a França entre 1894 e 1904.
“Não permitamos, em hipótese alguma, criarmos neste processo uma versão brasileira e atualizada do emblemático Caso Dreyfus. Curiosamente, também capitão de artilharia, curiosamente acusado de crime contra a pátria; curiosamente condenado com base em um rascunho de documento apócrifo; curiosamente, teve seu exercício de defesa constrangido em determinada altura e, inegavelmente, um dos casos que representa uma cicatriz na história jurídica do Ocidente”, declarou o advogado.
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