Estados Unidos ‘vão perder um dos poucos países que eles têm um superávit importante’, diz Alckmin
Vice-presidente voltou a se reunir com empresários para discutir tarifas, nesta quarta-feira (16)
Hora News|Do R7
Na tarde desta quarta-feira (16), o vice-presidente Geraldo Alckmin participou de um novo encontro com empresários, para abordar as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil. Após o encontro, Alckmin falou à imprensa.
O vice-presidente disse que aguarda resposta ao documento assinado por ele em conjunto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, endereçado ao secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e ao embaixador Jamieson Greer, do USTR (United States Trade Representative).
Alckmin ressaltou a importância do Brasil para a economia norte-americana. “Se o Brasil é o segundo país do mundo com maior déficit, os Estados Unidos, o segundo maior superávit que eles têm é com o Brasil. Se cai o comércio, eles vão perder um dos poucos países que eles têm um superávit importante. Então não tem lógica, né? Por isso o empenho para resolver”, disse.
O vice-presidente comentou a abertura de investigação comercial por parte dos Estados Unidos, alegando “comércio desleal” por parte do Brasil. “Não é a primeira vez que é feita uma abertura de investigação. Isso já foi feito anteriormente, o Brasil respondeu e o assunto foi encerrado. Dessa vez, o Brasil vai explicar”, relatou.
Alckmin minimizou a investigação e voltou a ressaltar a importância de negociação contra as tarifas. “O que nós precisamos resolver é a questão tarifária, porque ela não se justifica neste patamar. E é um perde-perde. E aí não pode o interesse de alguns se contrapor ao interesse coletivo, o interesse de todos”, completou.
Logo após a fala do vice-presidente, o presidente da Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil), Abrão Neto, também ressaltou a importância da relação bilateral entre os países. "O sentimento é de se buscar a construção de uma solução negociada entre os dois governos e que aconteça de maneira a impedir um aumento tarifário que teria impactos muito severos para a economia brasileira”, pontuou.
Últimas



