Alfabetização é porta de entrada para escolhas conscientes no futuro, avalia professor
Especialista é entrevistado pelo 'Jornal da Record News' no Dia Mundial da Alfabetização; 29% da população entre 15 e 64 anos é considerada analfabeta funcional
Jornal da Record News|Do R7
“A alfabetização é a porta de entrada para a cidadania, para o trabalho e também para o florescimento pessoal”, comenta José Francisco Soares, professor da UFMG e ex-membro do Conselho Nacional de Educação, ao Jornal da Record News de segunda-feira (8).
O dia 8 de setembro marca o Dia Mundial da Alfabetização. Para Soares, as escolas brasileiras precisam atender crianças com dificuldades no processo de letramento e oferecer um tratamento direcionado às suas necessidades.
No Brasil, esse direito ainda não é completamente assegurado, já que 29% da população entre 15 e 64 anos é considerada analfabeta funcional. Essas pessoas conseguem ler e escrever palavras e números simples, mas não têm habilidade para compreender textos mais complexos.
Além disso, dados do Ministério da Educação referentes a 2024 apontam que 40,8% das crianças matriculadas em escolas públicas não foram alfabetizadas na idade adequada, que é até os 8 anos.
O professor aponta que impedimentos na alfabetização infantil causam problemas na vida adulta, seja na vida profissional ou na vida cidadã.
“Se eu não tenho toda criança alfabetizada, vou ter, lá na frente, uma força de trabalho com mais dificuldades, principalmente no exercício da cidadania. A gente quer que as pessoas façam escolhas, e a educação é a porta de entrada para isso”, alerta Soares.
O papel do núcleo familiar também é apontado como essencial na educação de jovens estudantes. “Todo mundo, naquela idade — 4, 5, 6 anos —, tem que começar a falar das letras: da letra do seu nome, da letra do seu avô, do seu time. Então, essa responsabilidade é de todo mundo”, ressalta o especialista.
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