Alckmin fala sobre negociações de tarifas com os EUA: 'Cobramos uma resposta'; veja
Em coletiva de imprensa, vice-presidente também rebateu preocupações de montadoras sobre possíveis incentivos para empresas chinesas
Link Record News|Do R7
O vice-presidente da República e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta segunda-feira (28), em coletiva de imprensa, que o Brasil segue em diálogo com os Estados Unidos para tentar reverter a tarifa de 50% imposta pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros. “Esse diálogo começou em março”, disse Alckmin, destacando que o país ainda aguarda resposta de Washington após envio de carta confidencial com sugestões.
Alckmin conta que chegou a fazer uma videoconferência com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o embaixador Jamieson Greer, o que resultou na criação de um grupo de trabalho. “Estamos conversando, estamos dialogando”, afirmou o ministro.
Durante a coletiva, o vice-presidente também rebateu preocupações de montadoras sobre possíveis incentivos para empresas chinesas. Segundo ele, a política de reoneração gradual para veículos elétricos ou híbridos garante previsibilidade. “Em 2026, a alíquota será de 35%”, reforça, citando que o modelo atrai fábricas para o país, como a GWM, em São Paulo, e a BYD, na Bahia.
O ministro explica que a proposta em debate prevê manter a trajetória de alta nas tarifas de importação e, ao mesmo tempo, oferecer cotas temporárias para facilitar a adaptação do setor. “Durante quatro anos você tem cota”, diz. O modelo prevê cotas decrescentes a cada ano até a equiparação tributária com veículos a combustão.
O político ainda revelou que há duas demandas sendo avaliadas: uma da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que pede antecipação da alíquota cheia para 2026, e outra da BYD, que solicita redução tarifária para veículos semimontados. Como alternativa, o governo propõe cotas maiores até 1º de julho de 2026, a serem discutidas no Gecex (Comitê-Executivo de Gestão do ministério) e na Camex (Câmara de Comércio Exterior), com participação de dez ministérios.
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