Rodrigo Roca deixa defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Advogado, próximo da família do ex-presidente, alegou 'razões profissionais'; CId está preso desde a semana passada
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, e Natália Martins, da Record TV, em Brasília

O advogado Rodrigo Roca deixou, nesta quarta-feira (10), a defesa do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid, preso desde a semana passada por suposto envolvimento com fraudes em cartões de vacinação. Cid é alvo de investigação da Polícia Federal. Roca alegou razões profissionais e familiares para se afastar do caso.
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"Renuncio à defesa dos interesses do Cel. Mauro Cid nos inquéritos em que figura como investigado, por razões de foro profissional e impedimentos familiares da minha parte", escreveu, em nota, o advogado.
Roca tem proximidade com a família do ex-presidente. Ele defendeu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das "rachadinhas", entre 2020 e 2021, e foi chefe da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), no Ministério da Justiça e Segurança Pública, durante o governo de Bolsonaro.
O advogado também esteve na defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, preso desde 14 de janeiro por suposta omissão durante os atos extremistas de 8 de janeiro.
A Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, investiga se Jair Bolsonaro (PL) teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ...
A Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, investiga se Jair Bolsonaro (PL) teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ), em 2022. Foram presos na operação Mauro Cid e Luis Marcos dos Reis, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro; Max Guilherme de Moura e Sergio Cordeiro, seguranças do ex-presidente; Ailton Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022; e João Carlos de Souza Brecha, secretário da Prefeitura de Duque de Caxias (RJ).
Roca deixou a defesa de Torres no fim de março, com o retorno do ex-presidente ao Brasil. O ex-ministro resolveu se desvincular de Roca por receio da ligação do advogado com Bolsonaro.
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A proximidade com o ex-presidente também teria levado o advogado a deixar a defesa de Cid, segundo fontes informaram à reportagem.










