Logo R7.com
RecordPlus

Acordo fechado por Coreia do Sul e EUA deve ficar de 'ensinamento' para sul-americanos; entenda

Casa Branca anunciou na quarta-feira (30) tratado comercial com Seul visando manter sua presença no leste asiático; veja análise

Conexão Record News|Do R7

  • Google News

O governo dos Estados Unidos chegou a um acordo com a Coreia do Sul. Segundo Donald Trump, Washington vai cobrar uma tarifa de 15% sobre as importações sul-coreanas, abaixo dos 25% previstos. Seul também concordou em investir US$ 350 bilhões em projetos selecionados pelo presidente norte-americano e comprar produtos energéticos no valor de US$ 100 bilhões. Trump ainda acrescentou que a Coreia do Sul não vai impor taxas de importação a produtos americanos.

O método de negociação americano para impor tarifas comerciais aos países e exigir taxação zero em seus produtos é uma “extorsão”, comenta Ricardo Cabral, professor e analista de relações internacionais. Segundo ele, o compromisso firmado tem impacto geopolítico relevante devido à localização estratégica do país asiático, que fica próxima de adversários norte-americanos.

Ao Conexão Record News desta quinta-feira (31), Cabral alerta que “isso fique de ensinamento para alguns países sul-americanos”, ao criticar o modelo americano de negociação. O acordo obriga a Coreia do Sul a abrir seu mercado a produtos dos EUA sem tarifas, enquanto aceita ser taxada por Washington.

Cabral ainda destaca a importância estratégica da região no contexto das tensões com a Coreia do Norte e a China. “Os americanos têm bases ali”, diz o especialista, explicando que há um cerco geopolítico que envolve também o Japão e as Filipinas, aliados dos EUA na contenção da influência chinesa no Mar do Sul da China.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.