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Análise: cessar-fogo daria tempo para Ucrânia usar novas armas, tudo o que Putin não quer

'No calor da batalha, os russos têm uma vantagem muito maior', afirma especialista sobre o impasse nas negociações

Conexão Record News|Do R7

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Apesar do presidente Donald Trump ter dado para Moscou 50 dias a fim de que um acordo de paz fosse firmado com Kiev, Rússia e Ucrânia permanecem irredutíveis quanto aos termos que precisariam ser decididos; caso os avanços para um cessar-fogo não aconteçam, a Rússia enfrentará sanções mais duras dos Estados Unidos.

O governo russo não acredita que uma cúpula entre Putin e Zelenszy aconteça antes do fim de agosto, já que, segundo o porta-voz do Kremlin, uma reunião entre os líderes só aconteceria como um passo final para selar um acordo de paz, firmado em termos elaborados por especialistas; enquanto isso, a Ucrânia permanece na crença de que o encontro entre presidentes seja necessário para alcançar um avanço no encerramento do conflito.

Em entrevista para o Conexão Record News, o professor de relações exteriores Marcus Vinicius de Freitas enfatiza que, diante do cenário atual, a possibilidade de um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia seria impossível, uma vez que no momento Putin se vê como ganhador da guerra e não se interessa nos termos do acordo de paz oferecidos pela Ucrânia.

“É importante enfatizar que para os russos um cessar-fogo daria para a Ucrânia a possibilidade e o tempo necessário para se reorganizar e utilizar os equipamentos que viriam supostamente dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido para continuarem a batalha depois desse período, justamente o que eles não querem, porque nesse calor da batalha eles têm uma vantagem muito maior”, explicou o especialista.

Além disso, Freitas ressaltou que a Rússia não quer o acordo que a Ucrânia oferece devido aos termos que implicariam a devolução de territórios e a possibilidade aos ucranianos de fazerem parte da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), duas coisas que Putin não aceita.

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