Análise: Falas de Putin instigam alemães a pedir que mísseis não sejam entregues à Ucrânia
Presidente russo alegou que atacaria locais de fabricação dos armamentos; ministro alemão, porém, diz que não considera fornecer material a Kiev
Conexão Record News|Do R7
O comentário do presidente russo, que considera a Alemanha envolvida no conflito com a Ucrânia por fornecer mísseis ao país, “é uma intimidação que busca impor à Alemanha um custo político de fazer esse tipo de ajuda”, de acordo com Vladimir Feijó, analista internacional .
Ao Conexão Record News desta quinta-feira (19), Feijó comenta que Putin não faria esse tipo de declaração se não estivesse preocupado com a possibilidade de Berlim intensificar o apoio aos ucranianos. O chefe do Kremlin ainda completou dizendo que os armamentos seriam destruídos, não só os que já estão em solo ucraniano, como também aqueles fora do país.
O professor afirma que esse discurso gera grande inquietação na Alemanha. Os mísseis são produzidos em áreas industriais, mas que também são densamente povoadas. “Portanto, ele instiga com essa fala o povo alemão a pressionar o governo para dizer que esse tipo de armamento não deveria ser entregue”, conclui Feijó.
No início do mês, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse que a Alemanha não está considerando entregar mísseis de cruzeiro à Ucrânia, apesar dos repetidos pedidos de Kiev.
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