Análise: OMC é ineficaz para barrar tarifaço e negociação direta está valendo mais
Economista pontua ainda que o Pix está no centro das difíceis negociações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos
Conexão Record News|Do R7
Em entrevista ao Conexão Record News
desta quarta-feira (20), Mauro Rochlin, economista, avalia que o pedido de consulta do Brasil à OMC (Organização Mundial do Comércio), feito para questionar o tarifaço de Trump, é menos efetivo do que uma negociação direta com o republicano.
O economista explica que o papel da organização de facilitar o comércio internacional diminuindo tarifas alfandegárias e facilitando acordos em países tem perdido relevância com os anos. Na avaliação de Rochlin, os Estados Unidos têm preferido uma estratégia de impor sanções comerciais unilateralmente, ultrapassando o órgão multilateral.
Sobre a disputa comercial entre o Planalto e a Casa Branca, o especialista comenta que alguns temas em pauta, como o Pix, são uma tarefa complexa para se chegar num consenso. Do lado brasileiro, a ferramenta facilita o acesso ao sistema bancário. Do outro, os americanos alegam que o Pix prejudica os bancos e seus operadores de cartão de crédito.
"O interesse dessas empresas está muito ameaçado pelo Pix e a gente vai ter que discutir isso. Difícil, porque o Pix é uma ferramenta de inclusão social, de democratização do crédito, de bancarização. Então, temos aí, na verdade, acho que o campo de batalha mais difícil", argumenta.
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