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‘Despesas vêm crescendo em ritmo maior’, comenta economista sobre recorde de arrecadação federal

Em maio, a arrecadação federal atingiu R$ 230 bilhões, maior valor para o mês desde o início da série histórica, em 1995

Conexão Record News|Do R7

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A arrecadação federal alcançou R$ 230 bilhões em maio, o maior valor para o mês desde o início da série histórica, em 1995. No acumulado do ano, o total arrecadado chega a R$ 1,2 trilhão. Apesar do fôlego para o governo, o economista Ricardo Buso destaca que o volume recorde de tributos acende um alerta: “Um terço de tudo que nós produzimos no país vira impostos”.

Ao Conexão Record News desta sexta-feira (27), Buso avalia que esse patamar evidencia o peso da carga tributária brasileira e reforça a necessidade de discutir o impacto dos tributos sobre a atividade econômica, principalmente diante de um cenário de juros elevados e dívidas públicas em alta. “O governo paga por ano cerca de 1 trilhão de reais somente em juros”, afirma Buso, ao comentar o impacto da taxa Selic sobre os cofres públicos e os cidadãos.

O economista lembra que o avanço da arrecadação tem sido impulsionado por fatores como crescimento econômico em um ambiente de juros altos e maior eficiência da Receita Federal. Mas ressalta: “O grande problema é que a arrecadação cresce muito, mas a despesa vem crescendo num ritmo maior”.

Para ele, o desequilíbrio fiscal persiste, alimentado por gastos obrigatórios, emendas parlamentares que comprometem a capacidade de investimento do governo. “De tudo o que o governo arrecada, menos de 10% pode ser investido livremente. O restante já está comprometido”, conclui.

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