Entenda o que foi o Memorando de Budapeste e por que Zelensky tem receio de acordo com a Rússia
Presidente ucraniano pressiona líderes europeus por apoio concreto contra ameaças russas; entenda
Conexão Record News|Do R7
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a dizer para líderes europeus
sobre a necessidade de garantias definitivas à segurança da Ucrânia. Segundo o governante, a Rússia está apenas interessada em continuar com a guerra, e os Estados Unidos precisam enxergar a determinação ucraniana para cessar o conflito armado no Leste Europeu.
Em entrevista para o Conexão Record News desta sexta (29), o doutor em ciência política Bruno Pasquarelli explicou que tanto Zelensky quanto os países europeus têm suas dúvidas sobre um cessar-fogo ou o encerramento da guerra sem ter garantias por parte de Vladimir Putin, já que em 2014 a Rússia quebrou o acordo firmado anos antes com o governo ucraniano.
“Em 1994, a Ucrânia assinou o Memorando de Budapeste, onde ela concordou em não ter o seu arsenal nuclear e, ao mesmo tempo, a Rússia não invadiria o território ucraniano, mas isso não aconteceu. Em 2014 a Rússia invade a Crimeia. Será que, com o final da guerra, caso isso aconteça, uma negociação de paz, ou um cessar-fogo, Vladimir Putin pararia por aí?”, diz o especialista.
O doutor em ciência política ainda ressaltou que, embora a entrada da Ucrânia na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) seja um termo inegociável, Zelensky se movimenta em conjunto de países próximos como Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia, tentando de todas as formas pressionar os países europeus por garantias de defesa.
“A gente sabe que uma das pautas de Vladimir Putin é a não entrada da Ucrânia na Otan, porque essa entrada obviamente significaria a obrigação dos europeus e da própria organização de aliança militar na defensiva do território ucraniano [...] independentemente se entrar ou não na Otan, ele vem com essa fala muito fortemente nessa última semana, tentando pressionar principalmente os líderes europeus para ter alguma carta na mesa de negociação”, explicou o especialista
Já o presidente Trump vem tentando organizar uma reunião diplomática trilateral entre Rússia, Ucrânia e Estados Unidos, e ainda manifestou a possibilidade da imposição de novas sanções sobre Moscou se não houver progresso para o fim da guerra.
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