Tarifa social e mercado aberto: entenda o que muda com MP que reformula o setor elétrico no Brasil
Marcos Madureira, presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), analisa mudanças adotadas pelo governo federal
Conexão Record News|Do R7

Video Player is loading.
This is a modal window. This modal can be closed by pressing the Escape key or activating the close button.
block
Anúncios bloqueados
Para continuar assistindo esse vídeo, por favor desabilite seu bloqueador de anúncios e recarregue a página.
RecarregarO governo federal publicou, no início deste mês, uma Medida Provisória que reforma o setor elétrico no Brasil. O anúncio prevê uma nova tarifa social para famílias de baixa renda e ainda a abertura de mercado, prevista para começar em agosto de 2026 para indústria e comércio e em dezembro de 2027 para demais consumidores — cenário no qual o usuário poderá escolher o fornecedor.
Em entrevista ao Conexão Record News desta segunda-feira (26) Marcos Madureira, presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), comenta essas medidas. Madureira analisa que a tarifa social, apesar de não mudar o número de beneficiários em relação aos que já recebem auxílio em parte do valor, vai garantir a isenção a famílias que consumirem até 80 kWh. No entanto, para ele, o valor deveria ser coberto pelo Orçamento da União e não pelo fundo do CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), como é feito atualmente. “Mas é uma medida positiva em atenção à população de mais baixa renda”, complementa.
Já sobre o mercado livre de energia, o presidente da Abradee explica que a medida busca criar um equilíbrio e uma maneira mais justa nessa abertura de mercado, pois atualmente esse valor acaba caindo para o consumidor. “Quando alguém opta por sair do mercado regular e ir para o mercado livre, como a eólica ou solar, ele compra uma energia que tem um aspecto ambiental importante, mas ela não traz a necessária estrutura de suporte para que o sistema elétrico funcione. Quem está pagando isso é só o consumidor do mercado regular”, completa.
O especialista destaca que o Brasil conta com a ampla produção de energia de fontes renováveis e com preços sendo reduzidos a partir dos avanços tecnológicos. Ele reforça a importância da MP do governo para haver um equilíbrio entre essas fontes, pontuando ser um avanço para que todos paguem tarifas mais parecidas.
Veja também
Últimas