Ministério da Saúde estuda oferecer injeção para emagrecer no SUS
Especialista destaca urgência de ampliar o acesso ao tratamento da obesidade e combater preconceitos associados è doença
Jornal da Record News|Do R7
Em entrevista ao Jornal da Record News desta quarta-feira (16), Clayton Macedo, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, defende a “necessidade urgente” do acesso aos tratamentos adequados para a obesidade. O Ministério da Saúde anunciou que avalia oferecer Ozempic (semaglutida) no SUS no primeiro semestre deste ano. “A medicação reduz a mortalidade, mas ainda é muito cara e, infelizmente, utilizada irregularmente para fins estéticos”, diz Macedo.
Ao contrário de outras doenças, como diabetes, câncer e hipertensão, o endocrinologista aponta que pacientes com obesidade enfrentam a “barreira dos preconceitos”, inclusive com os próprios cuidados. “Parece que precisa existir uma fórmula mágica ou aquele velho tapinha nas costas para comer menos e gastar mais calorias”, afirma. Clayton não descarta a importância da dieta adequada e da atividade física, mas lembra que esta é “uma doença complexa e multifatorial, com fatores genéticos e comportamentais, que exige consultas médicas com equipe interdisciplinar”.
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