Taxação da China aos produtos agrícolas dos EUA pode ser oportunidade para o Brasil, diz professor
Soja brasileira superou as vendas em 2018, quando houve aumento de tarifas no primeiro mandato de Donald Trump
Record News Rural|Do R7
Em entrevista ao Record News Rural de quinta-feira (6), Daniel Vargas, professor da escola de economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas), analisa que, com as taxações da China aos produtos agrícolas dos Estados Unidos, o Brasil pode se beneficiar no comércio com Pequim. Vargas lembra que a soja brasileira superou as vendas em 2018, quando houve aumento de tarifas no primeiro governo de Donald Trump.
No entanto, o grão não deve ser o maior destaque agora, uma vez que, em 2024, 53% da soja consumida na China era brasileira. Embora esse número possa aumentar em 2025, Vargas acredita que Pequim deve diversificar suas fontes para não depender apenas do Brasil.
O professor lista o milho, o algodão e a carne como possíveis alternativas para que o país possa ganhar mais espaço no comércio chinês. Um bom exemplo é a carne suína, da qual o Brasil é o terceiro maior exportador. “De imediato, a reação que podemos ter é de olhar para esse ataque chinês com as tarifas impostas sobre os produtos alimentícios americanos como uma oportunidade para o Brasil”, completa Vargas.
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