Negociação com os EUA mostrou que o Brasil tem força de argumentação; veja análise
Especialista pontua que posição brasileira frente aos americanos foi fortalecida pela atuação da diplomacia e importância econômica do país
Conexão Record News|Do R7
“Ficou claro que o Brasil tem força de argumentação”, avalia o professor de Relações Internacionais da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) Leonardo Trevisan. Ele analisa a repercussão da fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a tentativa de reverter as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros de alguns setores, como carne bovina e café, que não entraram na lista de exceções, e destaca: “Se nós conseguirmos nos acomodar nas faixas mais baixas, de até 10%, parece um bom negócio para nós”.
Em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (31), Trevisan diz que, mesmo com dificuldades, há sinais de abertura nas negociações: “Aquela imagem de porta fechada não era bem verdade, as coisas se acomodaram”. Segundo ele, os argumentos do Brasil têm sido mais ouvidos por conta da relevância do país no comércio internacional e da condução acertada das tratativas pelo governo federal.
Trevisan ainda lembra que o país é a oitava economia do mundo e precisa valorizar sua posição. “Às vezes as pessoas falam de Rússia, por exemplo, eu digo: ‘Olha, desculpa, a Rússia tem um PIB menor que o do Brasil’”, comenta. Para ele, a atuação conjunta entre Itamaraty, Ministério da Fazenda e empresários foi essencial para mostrar que o Brasil sabe agir com “serenidade, tranquilidade” mesmo diante de uma crise.
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