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Análise: redução da Selic poderia ser um bom sinal do Banco Central para o mercado

Copom se reúne nesta terça (17) para definir qual será o novo valor da taxa básica de juros brasileira

Conexão Record News|Do R7

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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne nesta terça-feira (17) e pode interromper o ciclo de alta da taxa básica de juros da economia. Atualmente, a Selic está em 14,75% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas.

As previsões de grande parte do mercado é de que o cenário já possibilita esse freio no aumento dos juros. No entanto, ainda há bancos que projetam uma nova alta na taxa básica para 15% ao ano


Em entrevista ao Conexão Record News, Carla Beni, economista e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas), afirma que há essa divisão de expectativas no mercado. No entanto, um cenário de manutenção da taxa no valor atual ou redução seriam as melhores alternativas.

Segundo Carla, com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em ritmo mais lento e novos postos de trabalho desacelerando, um sinal positivo do BC poderia reaquecer o mercado. 

“A economia trabalha muito com expectativas. Quando o Banco Central para de subir a taxa, ele já sinaliza uma outra expectativa, isso ajusta o mercado, começa a ajustar o crédito e as empresas começam a ter um certo olhar esperançoso”, ressalta. 

Outro ponto que a economista defende para uma redução na taxa básica de juros é o impacto nas contas públicas. A professora explica que, a cada aumento de um ponto percentual, há uma alta de R$ 50 bilhões nas contas públicas.

“Não tem corte de gasto público que consiga competir com a subida da taxa Selic, porque você tem um volume muito grande de títulos públicos que pagam a remuneração da taxa Selic”, completa.

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