Autismo: diagnóstico precoce melhora qualidade de vida, diz psiquiatra sobre uso do M-CHAT
Especialista elogia norma do Ministério da Saúde que nomeia instrumento de rastreio para os sinais do TEA
Conexão Record News|Do R7
Em entrevista ao Conexão Record News de sexta-feira (19), a psiquiatra Graccielle Asevedo, vice-coordenadora do Ambulatório de Transtorno do Espectro Autista da Unifesp, destaca que o Ministério da Saúde passou a indicar oficialmente o uso do instrumento M-CHAT para rastrear sinais de autismo em crianças entre 16 e 30 meses.
“É um dos instrumentos mais validados que a gente tem na literatura internacional”, afirma.
Segundo a especialista, o rastreio não equivale ao diagnóstico, mas é um passo inicial importante. “Mesmo na ausência de um diagnóstico oficial, uma criança que tem ali um atraso, que tem alguns impactos no seu desenvolvimento, merece cuidados, merece atenção, merece intervenção e orientação também”, explica.
O documento do Ministério reforça essa necessidade. A especialista ressalta que o diagnóstico precoce melhora a autonomia da pessoa com autismo.
“Quanto mais precoce o diagnóstico, quanto mais precoces as intervenções, melhor fica a qualidade de vida e autonomia, que é o que a gente mais quer mesmo para essas pessoas no futuro”, afirma.
A família também se beneficia ao saber como estimular e lidar com crianças, por exemplo.
Entre os sinais que podem ser observados estão dificuldades na linguagem, ausência de gestos como apontar, falta de contato visual e pouca reciprocidade nas interações.
Graccielle reforça que, mesmo sem diagnóstico fechado, a criança pode e deve receber apoio.
“Se a criança tem sinais de risco, tem um sinal de alerta ali, ela também pode ser encaminhada para as intervenções necessárias”, conclui.
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