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Brasil deve negociar com os EUA, mas também abrir o mercado para outros países, analisa economista

Com possível aplicação de sobretaxas de 50% ao Brasil, professor acredita que prejuízo seria para ambos os países

Conexão Record News|Do R7

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Mais da metade de tudo o que é exportado por cinco setores brasileiros vai para os Estados Unidos. E 30 segmentos direcionam ao menos um quarto das exportações para o mesmo destino. Todos estão em apreensão, pois podem sofrer o impacto da sobretaxa de 50% a partir de agosto, se a medida não for revertida. Entre os produtos estão materiais de construção, aeronaves, armas, munições e alimentos.

Em busca de contornar as tarifas, o governo brasileiro estuda meios de negociar com Washington, sendo a diplomacia ainda a melhor resposta, como afirma Rodrigo Simões, economista e professor da Faculdade do Comércio, em entrevista ao Conexão Record News desta terça-feira (22). “O Brasil passa por um momento que pode mostrar ao mundo que a gente pode ser bons negociadores”, afirma.

O professor lembra que é necessário agir com cautela, mostrando os prejuízos para ambos os lados com a aplicação das taxas e buscando manter a parceria comercial que existe há mais de 150 anos. No entanto, Simões aponta que o Brasil se tornou um centro global de comércio, puxado pelas commodities, principalmente. Diante desse destaque, ele acredita ser fundamental que o país busque outros parceiros para não haver dependência de apenas um comprador. 


“Essa é a demanda do empresário. O gestor público, o nosso político, os nossos líderes precisam entender isso: saber negociar com os Estados Unidos, saber ter esse diálogo com Donald Trump e também criar outras formas de laços comerciais. Isso é importante”, conclui.

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