Corrida armamentista da Europa só torna a probabilidade de guerra maior, afirma professor
União Europeia anunciou novo pacote de ajuda à Ucrânia, em meio ao desentendimento de Trump e Zelensky
Conexão Record News|Do R7
Em entrevista ao Conexão Record News desta segunda-feira (3), Vladimir Feijó, professor de relações internacionais, afirma que o compromisso da União Europeia em fornecer auxílio militar à Ucrânia é uma iniciativa coordenada. Líderes europeus passaram a defender mais investimentos em defesa diante da resistência dos Estados Unidos em apoiar o continente, após a discussão entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky.
Para Feijó, os europeus buscam atender às suas dificuldades econômicas por meio de aportes massivos na indústria bélica.
"O que chama a atenção é esse compromisso de paz armada. Eles estão revivendo o período entre guerras, em que os países imaginaram que a guerra seria inevitável décadas adiante e que precisariam atender às dificuldades econômicas, investindo pesado nas forças armadas e, ao mesmo tempo, aumentando seus arsenais — imaginando que isso intimidaria o outro país e evitaria a guerra. Quando, na prática, ano após ano, essa corrida armamentista só torna o ambiente mais inseguro e a probabilidade de guerra cada vez maior. Já que cada um se sente intimidado pelo estoque de armamento do outro", completa.
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