Investimentos da China no Brasil são bem-vindos, mas é preciso estabelecer limites com o país
País se tornou o terceiro principal destino dos investimentos de Pequim, com um aumento de mais de 100% em 2024
Conexão Record News|Do R7
O Brasil passou a ser o terceiro principal destino dos investimentos chineses após as aplicações no país dobrarem. Segundo o estudo do CEBC (Conselho Empresarial Brasil China), os aportes asiáticos cresceram mais de 100% em 2024.
Com o intuito de fortalecer laços diplomáticos, o principal foco desses investimentos foi em energia e em novos setores, como veículos elétricos.
Para o economista Miguel Daoud, o investimento é bem-vindo, mas exige cautela. Em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (4), ele pontua a necessidade chinesa pelos produtos brasileiros e o potencial que o país possui.
Daoud ressalta, no entanto, que limites são necessários nessa relação: “O que nós temos que ter controle é de não perdermos a nossa possibilidade de evoluir na nossa indústria, na nossa tecnologia. Tem que ter um limite, mas sempre o investimento é bom. A melhor coisa que tem é trabalhar com o dinheiro de terceiros, desde que esse recurso faça bem para o nosso país”.
Em paralelo a essa realidade, o economista lembra da importância do Brasil manter sua indústria nacional e continuar oferecendo grandes oportunidades e orientações para as empresas instaladas em seu território, apesar de algumas irem embora pelos custos em impostos e outros problemas, como a alta taxa de juros. Mesmo assim, investimentos locais e internacionais são importantes na visão do analista.
“O Brasil é um país fantástico e tem muito espaço, tem muito por fazer. Se tivéssemos aqui um plano para seduzir esses investimentos, nós teríamos muitos investimentos estrangeiros aqui, não só da China”, finaliza.
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