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Não há perspectiva de uma reforma na ONU sem uma guerra, analisa professor

Relações entre China, Rússia e Coreia do Norte acendem um alerta para uma tentativa de Pequim em antagonizar comando com os EUA

Conexão Record News|Do R7

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O presidente chinês, Xi Jinping, se encontrou com o líder russo Vladimir Putin e o presidente norte-coreano Kim Jong-un nesta terça-feira (2). Durante reunião, o líder chinês chamou o russo de “velho amigo”. Os três participarão nesta quarta-feira (3) de um desfile militar em Pequim. As relações entre os países podem se estreitar após acordos feitos recentemente e com as movimentações dos Estados Unidos, principalmente com a imposição de tarifas.

Em entrevista ao Conexão Record News desta terça-feira (2), Vitelio Brustolin, professor de relações internacionais da UFF (Universidade Federal Fluminense), afirma é possível ver o alinhamento entre os países e a mudança da postura com entendimentos internacionais previstos anteriormente, como as sanções impostas à Coreia do Norte por seu programa nuclear clandestino, retiradas pela Rússia em 2024 e o apoio que sempre recebeu de Pequim.

“A Coreia do Norte não tem capacidade econômica de se manter sozinha. Todas as pesquisas demonstram que 90% dos recursos da Coreia do Norte vêm da China. Então a gente percebe um alinhamento claro entre a China, a Rússia e a Coreia do Norte”, comenta o professor, ao listar outros parceiros dessa aliança, como Venezuela e Irã.

No entanto, a grande dúvida, segundo o professor, é o posicionamento que a Índia irá tomar, uma vez que o país era o parceiro dos Estados Unidos para desestabilizar a China na região e agora se aproxima de Pequim com as medidas econômicas de Donald Trump sobre Nova Déli. Apesar das mudanças atuais, por ser um defensor de um multilateralismo e multipolaridade, ainda paira o questionamento sobre o próximo movimento do país e as mudanças no globo.

Segundo Brustolin, no tabuleiro internacional, a China busca se colocar como uma potência antagonista aos Estados Unidos nos entes econômicos. Já a Rússia apresenta uma abordagem de confronto, com esferas de influência e conquistas de territórios. No entanto, o professor pontua que mudanças na ordem global só acontecem mediante guerras, como aconteceu na 2ª Guerra Mundial. E mesmo mudanças no Conselho de Segurança da ONU só seriam possíveis dessa forma.

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