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Restringir cooperação com órgão internacional põe mais suspeitas sobre o Irã, diz professor

Projeto aprovado no país estipula que qualquer inspeção futura da AIEA precise de aprovação do parlamento iraniano

Conexão Record News|Do R7

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O parlamento iraniano aprovou um projeto de lei para suspender a cooperação com o órgão de vigilância nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta quarta-feira (25). O texto ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional para entrar em vigor. O projeto estipula que qualquer inspeção futura da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) vai precisar de aprovação do parlamento. O órgão ligado à ONU pressionava pela retomada das inspeções às centrais de enriquecimento de urânio — interrompidas após os ataques de Israel contra o Irã


Em entrevista ao Conexão Record News, Manuel Furriela, mestre em direito internacional pela USP (Universidade de São Paulo), acredita que o programa nuclear iraniano não era pacífico por uma série de fatores, como as sanções econômicas impostas pela ONU desde 2006 e o recente relatório da AIEA em que não era possível constatar que a produção não era para um fim bélico. Outro fator preocupante listado por Furriela é a porcentagem que o enriquecimento de urânio foi atingido no país, com mais de 60%. 

O professor explica que, para a utilização em meios pacíficos, como energia e saúde, o processo do elemento não precisa passar dos 5%. Com todos esses pontos e a decisão do parlamento iraniano, o especialista vê como uma confissão da comprovação de que havia outros objetivos. “É um erro essa decisão porque coloca mais suspeitas ainda no projeto deles, se eles não querem ser fiscalizados”, finaliza.

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