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Entenda tudo o que já se sabe sobre o kisunla, medicamento aprovado pela Anvisa contra o Alzheimer

Segundo especialista, remédio atua em fase pré-demencial ou de demência leve, há perfis genéticos contraindicados e chegada ao SUS ainda está distante

Hora News|Do R7

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro de um novo medicamento, indicado para o tratamento de alguns casos de Alzheimer. O kisunla atua em sintomas como demência leve e comprometimento cognitivo, que são característicos da doença. De acordo com o órgão, o remédio foi analisado em um estudo envolvendo 1.736 pessoas com o Alzheimer em estágio inicial. Os pacientes apresentaram o retardamento do avanço da doença. 


Em entrevista ao Hora News desta sexta-feira (25), Norberto Anizio Ferreira Frota, diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer, explica que o medicamento funciona na remoção de placas cerebrais formadas pelo acúmulo irregular da proteína beta-amiloide. O médico também comenta o processo de desenvolvimento do medicamento, em que os resultados clínicos demonstraram que 70% dos pacientes tiveram melhoras nos exames de imagem ou um avanço mais lento da doença. 

Frota também menciona que novos resultados, com mais tempo de duração na utilização do kisunla, serão divulgados em breve e poderão reforçar melhor os dados já obtidos. O médico ressalta que casos avançados do Alzheimer não são recomendados para o tratamento, além de pessoas que não possuam confirmação do diagnóstico patológico — a checagem se há a formação de paredes no cérebro formadas pela beta-amiloide. 

Apesar da aprovação pela Anvisa, o médico estípula que a nova medicação esteja longe de ser ofertada pelo SUS. Atualmente, o custo do kisunla está em US$ 32 mil anuais (aproximadamente R$ 180 mil, na cotação atual), nos Estados Unidos, além de necessitar de outros custos, como o acompanhamento com médico especializado e realização de ressonância magnética rotineira durante o tratamento. 

O médico também pontua que ainda é necessária uma normatização do fármaco, com um protocolo concreto dos sintomas ideais e criação de centros de referência para verificar os possíveis efeitos colaterais, como sangramentos e edemas cerebrais

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