Superquarta: economista explica as decisões do Copom e do Fed sobre as taxas de juros
No Brasil, a Selic seguiu no mesmo patamar, enquanto os juros foram reduzidos nos EUA
News das 19h|Do R7
Em entrevista para o News das 19h, o economista Igor Lucena explicou as decisões do Banco Central brasileiro e do Federal Reserve, dos Estados Unidos, em relação aos juros. Na chamada superquarta, a taxa básica de juros foi mantida em 15% ao ano no Brasil, enquanto caiu 0,25 ponto percentual nos EUA, passando para a faixa de 4% a 4,25% ao ano.
"Nós estamos assistindo a dois momentos bem diferentes de política monetária quando a gente analisa essa superquarta. Nos Estados Unidos, o nível de empregabilidade vem caindo, a criação de novos empregos vem mostrando baixas, apesar da economia continuar crescendo. Isso significa que títulos americanos vão se tornar menos atrativos e recursos financeiros vão migrar para o setor provavelmente de mercado de ações. Então, se espera que as ações americanas se valorizem", pontuou Lucena.
No Brasil, segundo o analista, a situação é um pouco diferente: "Primeiro, uma inflação no Brasil que ainda não mostra sinais de controle, principalmente na área de serviços. E um outro ponto fundamental é a questão estrutural das contas públicas".
Ele analisa que a grande questão envolve o arcabouço fiscal, que precisaria ser reformado por aqui. "O fato de que várias despesas públicas não estão sendo computadas de uma maneira oficial
tornam muito difícil para o Banco Central diminuir taxas de juros porque os investidores cobram mais juros para financiar a rolagem da dívida brasileira", finalizou.
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