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R7 Brasília

Ministério Público denuncia assassino de estudante da UnB por tentativa de feminicídio

Vinícius Neres Ribeiro invadiu casa de ex-namorada e deixou gás de cozinha ligado depois que fugiu do regime semiaberto

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Vinícius Neres foi preso depois de invadir casa da ex PCDF/Divulgação -11.03.2025

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios denunciou Vinícius Neres Ribeiro, condenado por matar a estudante da UnB (Universidade de Brasília), Louise Ribeiro, em 2016, por uma nova tentativa de feminicídio na capital do país. A decisão da Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Gama foi tomada após Vinícius invadir a casa de uma ex-namorada, em 11 de março, e deixar o gás de cozinha aberto na tentativa de cometer um novo crime.

Na avaliação da Promotoria, o crime foi praticado contra mulher por razões da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar, pois ele era ex-namorado da vítima. O MP também reforçou que Vinícius descumpriu medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha ao invadir a casa da ex-namorada, que apresentou denúncia depois de descobrir que ele era o assassino de Louise.

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No processo, a promotoria reforçou a importância da prisão preventiva do acusado. Vinícius tentou cometer o crime após fugir da polícia no período em que estava em regime semiaberto. O Ministério Público reforçou que o feminicídio apenas não aconteceu porque policiais foram à casa da vítima e identificaram o vazamento da substância, acionando o Corpo de Bombeiros para lidar com a ocorrência.

Relembre o caso

Louise Ribeiro, de 20 anos, era estudante do curso de biologia da UnB e estava no 4º semestre. Em 10 de março de 2016, ela foi chamada pelo ex-namorado Vinicius Neres, então com 19 anos e também estudante da instituição, até um laboratório da universidade. No local, ele a imobilizou, obrigou a inalar clorofórmio e depois a forçou a beber 200ml da substância.


Após a morte de Louise, Vinicius enrolou o corpo em um colchão inflável e o levou até o carro dela em um carrinho de mão. Ele então dirigiu até um matagal perto da universidade, onde ateou fogo na cabeça e na área genital da vítima e deixou o local.

No dia seguinte, a polícia já tinha sido notificada do desaparecimento da estudante e fazia buscas na UnB. Vinícius foi questionado do paradeiro de Louise, admitiu o crime e levou os policiais até o local onde o corpo estava. Os agentes posteriormente pontuaram a frieza e falta de emoção que o criminoso demonstrou durante todo o momento.

No ano seguinte, Vinícius foi condenado a 22 anos por homicídio quadruplamente qualificado: motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio; além de 1 ano e 10 dias de multa por ocultação e destruição de cadáver, somando uma pena de 23 anos, inicialmente, em regime fechado. Posteriormente, o regime mudou para semiaberto.

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