Distensão abdominal persistente acendeu alerta para necessidade de cirurgia em Bolsonaro, diz médico
Equipe médica concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (14), em Brasília, para atualizar o estado de saúde do ex-presidente
Alerta Brasil|Do R7
Cláudio Birolini, médico responsável pela cirurgia de Jair Bolsonaro, afirmou que já previa que o procedimento seria complexo e trabalhoso, com base em experiências anteriores semelhantes. A declaração foi feita durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (14), para atualizar o estado de saúde do ex-presidente.
Birolini acrescentou que, entre sábado (12) e domingo (13), Bolsonaro apresentou um quadro persistente de distensão e desconforto abdominal, mesmo após quase 48 horas de tratamento clínico. A decisão pela cirurgia foi tomada com base nesse quadro, nos achados da tomografia e na elevação do PCR — exame que indicou presença de inflamação ou infecção.
Entenda o caso
Entenda o caso
A cirurgia que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido neste domingo (13) ocorreu “sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue”, diz o boletim médico emitido pelo Hospital DF Star na noite deste domingo. O procedimento levou 12 horas para ser feito. “A obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências”, diz o documento divulgado ontem.
A cirurgia terminou por volta das 21h30 e neste momento Bolsonaro está em uma Unidade de Terapia Intensiva, “estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções”.
Bolsonaro passou mal durante uma agenda no Rio Grande do Norte, na sexta-feira (11), quando sentiu dores e distensão abdominal. O ex-chefe do Executivo foi levado, em um primeiro momento, até um hospital em Natal (RN), onde recebeu os atendimentos iniciais. Após o quadro se estabilizar, Bolsonaro foi transferido para Brasília, onde passou pela cirurgia.
O problema no intestino de Bolsonaro é consequência do ataque que ele sofreu em 2018, quando foi esfaqueado na barriga. Esta é sétima cirurgia que Bolsonaro precisa ser submetido desde o incidente.
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