Apesar de temor da Europa, invasão russa é ‘pouco provável’; entenda
Pesquisadora comenta rejeição do Kremlin a propostas europeias sobre garantias de segurança
Conexão Record News|Do R7
Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, elogiou nesta quarta-feira (27) os esforços do presidente americano Donald Trump para acabar com a guerra na Ucrânia, mas disse que o país não gosta das propostas europeias sobre garantias de segurança e que não aceitará a presença de tropas da Otan no território vizinho. A Rússia alega que deve ser uma das garantidoras de segurança, e quer retomar a proposta — rejeitada por Kiev — discutida no início da guerra.
Em entrevista ao Conexão Record News, a pesquisadora de política russa Giovanna Branco destaca que existe a percepção na Europa de que a Ucrânia seria uma porta de entrada para o continente, e que, caso não haja uma contenção, a Rússia poderia fazer novas invasões. “O que é pouco provável, considerando que os demais países que fazem fronteira com a Ucrânia são parte da Otan”, pontua.
“Por outro lado, a gente tem a Rússia que também não aceita a Ucrânia como parte dessa organização e tem colocado cada vez mais na mesa de negociação que a neutralidade ucraniana seria necessária para um fim do conflito. A grande questão é como se dá uma neutralidade em um território que está pressionado por dois poderes extremamente fortes. [...] essa neutralidade é talvez um pouco fora da realidade do que a Ucrânia poderia fazer”, conclui.
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