Estados Unidos podem ter dificuldade para substituir café brasileiro, diz especialista
Produto ficou fora da lista de exceções do tarifaço imposto por Donald Trump
Conexão Record News|Do R7
Na decisão final do tarifaço norte-americano, alguns setores escaparam das sobretaxas. Na ordem assinada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, quase 700 produtos foram isentos de tarifas, como suco de laranja, combustíveis e minérios. Já produtos como café e carne não escaparam da medida, que entra em vigor no dia 6 de agosto.
Em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (31), Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais da ESPM, elogia o trabalho diplomático do Brasil para aliviar o impacto da decisão norte-americana.
“O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve em Nova York, voou para Washington, teve uma reunião de quase duas horas com [o secretário de Estado] Marco Rubio, e, ato contínuo, saiu o decreto. Houve uma ação diplomática eficiente que, de alguma forma, operacionalizou”, analisa.
Trevisan ainda faz uma comparação entre as exportações de café do Brasil e dos principais concorrentes, Colômbia e Vietnã. Segundo o professor, a qualidade da produção brasileira é superior à do país asiático.
“Substituir alimentos é muito difícil, porque tem as especificidades de mercado, o consumidor faz suas escolhas. De alguma forma, talvez, o pessoal do café, os grupos de exportadores de café são muito hábeis nessas negociações. Com certeza eles devem estar pressionando para recuperar esse espaço”, completa.
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